Sem ti
Experimente retirar seu coração e em seu lugar deixar um vazio. Experimente transferi-lo para outra pessoa, para ver se essa pessoa é capaz de fazer viver seus sentimentos. Experimente.
Ando pelas ruas dessa cidade linda e não sou invadido por uma única percepção. Anestesia. Pessoas me tocam, em mim esbarram e não as sinto. Nem mesmo as percebo. Vozes me falam. Palavras me são ditas diretamente e outras vêm misturadas de todas as direções. Não as ouço, nem mesmo as percebo.
Meus olhos se concentram nos faróis dos carros, na multiplicidade de cristais que se formam nos espectros de luz. Vejo-os e não os vejo. Não sei distinguir se são fruto do meu olhar ou fruto de minhas ilusões. Torno-me refém desse caleidoscópio, mas não o percebo.
O rumo dos meus passos acompanha os desenhos das fachadas e do meio-fio. Desvio-me deles como um brinquedo movido por sensores. O que me desvia não pensa. Sou levado de um lado a outro por forças que não me pertencem. Mesmo assim, não as percebo.
Meus pensamentos estão ocos. Não é minha cabeça que está oca. Faltam essência e representação. Faltam referências. Diriam que medito. Mas meditação me ligaria ao universo. Onde está o fio condutor ? Não o percebo.
Chove. Chuva preguiçosa. Minúsculas gotas tocam lentamente as folhas das árvores. Formam-se novas texturas, escorregadias. Os vidros das janelas parecem habitados por estrelas. E nem percebo em que universo me situo.
Um pingo, uma pequena rosa e dois botões,
um sonho no parapeito da minha janela.
Um pingo, uma inundação de ausência,
tsuname sem ti me desabriga.
Percebo o que é saudade, meu amor.
Ando pelas ruas dessa cidade linda e não sou invadido por uma única percepção. Anestesia. Pessoas me tocam, em mim esbarram e não as sinto. Nem mesmo as percebo. Vozes me falam. Palavras me são ditas diretamente e outras vêm misturadas de todas as direções. Não as ouço, nem mesmo as percebo.
Meus olhos se concentram nos faróis dos carros, na multiplicidade de cristais que se formam nos espectros de luz. Vejo-os e não os vejo. Não sei distinguir se são fruto do meu olhar ou fruto de minhas ilusões. Torno-me refém desse caleidoscópio, mas não o percebo.
O rumo dos meus passos acompanha os desenhos das fachadas e do meio-fio. Desvio-me deles como um brinquedo movido por sensores. O que me desvia não pensa. Sou levado de um lado a outro por forças que não me pertencem. Mesmo assim, não as percebo.
Meus pensamentos estão ocos. Não é minha cabeça que está oca. Faltam essência e representação. Faltam referências. Diriam que medito. Mas meditação me ligaria ao universo. Onde está o fio condutor ? Não o percebo.
Chove. Chuva preguiçosa. Minúsculas gotas tocam lentamente as folhas das árvores. Formam-se novas texturas, escorregadias. Os vidros das janelas parecem habitados por estrelas. E nem percebo em que universo me situo.
Um pingo, uma pequena rosa e dois botões,
um sonho no parapeito da minha janela.
Um pingo, uma inundação de ausência,
tsuname sem ti me desabriga.
Percebo o que é saudade, meu amor.
Prueba a eliminar su corazón y en su lugar dejar un vacío. Trate de transferirlo a otra persona, para ver si esa persona es capaz de vivir sus sentimientos. Intenta.
Ando por las calles de esta hermosa ciudad y no estoy invadido por una sola percepción. Anestesia. La gente me toca, en mí tropezam y no lo siento. Ni mismo las percibo. Voces hablan a mi, palabras se dicen directamente a mi y otras mezcladas proceden de todas las direcciones. No las escucho, ni mismo las percibo.
Mis ojos se centran en los faros de los automóviles, la multitud de cristales que se forman en los espectros de la luz. Veo ellos y no los veo. No lo sé distinguir si ellos son frutos de mis ojos o frutos de mis ilusiones. Me cambio en rehén de este caleidoscopio, pero no lo percibo.
La dirección de mis pasos acompañan el diseño de fachadas y los mediados de alambre. Desviome como un juguete alimentado por los sensores. Lo que me desvia no lo piensa. Me mudé de un lado a otro por fuerzas que no pertenecen a mí. Aún así, no las percibo.
Mis pensamientos son huecos. No es que mi cabeza está hueca. Se carece de esencia y de representación. Referencias non las hay. Pueden decir que medito. Pero la meditación me conecta al universo. ¿Dónde está el hilo? No lo percibo.
Llove. Lluvia perezosa. Minusculas gotas despacio tocan las hojas de los árboles. Ellos forman nuevas texturas, resbaladizas. Los cristales de las ventanas parecen habitados por estrellas. Y ni percibo de cual universo soy yo.
Una gota, una pequeña rosa y dos botones,
un sueno en lo parapeto de mi ventana.
Una gota, un diluvio de ausencia,
tsuname sin ti me desabriga.
Percibo lo que es saudade, mi amor.
(fotos: site Olhares - Paulo A. e P. Manzano)
7 Comments:
lindas palavras de hoje, luca.
;*
boa semana
By (Marta Selva), at 12:23 PM
Excelente texto pra começar a semana
By c, at 5:00 PM
Lindo texto... me vi em vários trechos... ai o amor, a saudade...
By Fabi, at 9:16 PM
Entao...
Deixa chover
E molhar
Aqui ou ai
E onde essa água
Nos pegar
Mesmo que chuva fina
Ou tempestades de nós
Eu sei que havera sempre
Boca que que seca
Saliva de beijo
Pingo de amor
Gota de desejo
Que molha a vontade
E escorre
Nessa saudade
Entonces ...
Deja la lluvia
Y húmedo
Aquí o ai
Y donde el agua
Obtenemos
Aunque la lluvia fina
O las tormentas de nosotros
Sé que habrá siempre
Que sequedad de boca que
La saliva de un beso
Pingo de amor
Disminución del deseo
Que orinarse en la voluntad
Y las corrientes
Esta nostalgia
( Nao saou tao boa com ás línguas quanto voce ( risos)...mas tentei!...Saudades!)
By Anônimo, at 10:11 AM
Uau!
Um texto cheio de sentimentos contraditórios: amor, solidão, vontade...
Belo Luis, mto belo..
Bjm
By Aline Ribeiro, at 9:05 AM
Oi, Luiz! Hoje é aniversário do Leio o Mundo. E para comemorar estou presenteando amigos. Passe lá para pegar seu presente!
By Anônimo, at 5:21 PM
A Andreia indicou e eu vim.
Posso entrar?
By Anônimo, at 8:39 PM
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