Um Viradão super especial (fotos de celular)
Cordão do Boitatá e Rio-Maracatu
Tenho meus amores dentro dessa minha cidade amada.
O Cordão do Boitatá e o Rio-Maracatu são dois amores especiais. Já falei deles algumas vezes por aqui. Ambos tem fortes laços com a cultura popular e referências em nossas festas tão brasileiras.
O Boitatá relaciona-se com o Carnaval, o Pastoril (uma recriação brasileira dos autos de Natal da peninsula Ibérica) e os Arraiás de meio de ano. O Rio-Maracatu liga-se com o Carnaval Pernambucano.
Sábado passado, à noite, estava na sede do Boitatá que fica num casarão da época do Império na Rua do Mercado, no centro da cidade, perto da Praça XV. O casarão se chama Mercado do Peixe numa alusão às suas ocupações de outrora. Forró de verdade dos mestres Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Patativa, e até adaptações super felizes de Chico aconteceram.
Bem no inicio dos trabalhos (tirei essa foto mais para que voces sintam o cenário)...
Aqui o forró já corria solto...
Ensanduichado, de recheio entre as duas partes do baile do Boitatá, o Rio-Maracatu sacudiu a rua do Mercado, vindo da Praça XV.
Reparem o baque virado na mão esquerda...
O maracatu é uma manifestação da cultura popular pernambucana que tem suas origens no século XVII. Neste momento foi criada a Instituição Mestra através da qual a Coroa Portuguesa "autorizava" os negros, escravos ou libertos, a elegerem seus reis e rainhas. A cerimônia de coroação acontecia no dia de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos em frente as Igrejas, sendo presidida por um pároco indicado pela coroa. O maracatu era então designado como Nação, isso porque a escolha dos reis era feita de acordo com as diferentes etnias africanas trazidas ao Brasil. Vale ressaltar que alguns pesquisadores identificam também outras manifestações populares como a Congada mineira e o Afoxé baiano como tendo sua origem relacionada á Instituição Mestra, também conhecida como Instituição do Rei do Congo. Apesar de todo o vínculo com a tradição católica, o maracatu sempre foi e ainda é uma manifestação essencialmente negra, mas, assim como outras manifestações afro-brasileiras acabou se sincretizando em alguns aspectos para manter-se viva. E é, exatamente neste estado, que encontramos os maracatus de Recife hoje: vivos. Existindo e resistindo enquanto expressão cultural ao mesmo tempo tradicional e dinâmica, num constante processo de transformação. Atualmente, o maracatu de nação ou de baque virado, como é conhecido em oposição ao maracatu de baque solto, é uma bela festa popular característica do carnaval pernambucano. Representação de uma corte real, ricamente paramentada com vestimentas ao estilo Luís XV, aonde se vêem muitos elementos de importante simbologia e singularidade visual como é o caso da calunga: boneca usualmente feita de cera e madeira que representa um importante ancestral da nação, sendo também associada á proteção espiritual. Esta boneca é carregada por uma importante figura da corte chamada ‘Dama-do-paço’.
Além dessas e do rei e rainha, existem ainda outros personagens importantes na corte como os príncipes e princesas, barões e baronesa, embaixador e embaixatriz... As catirinas, assim como os lanceiros, representam os vassalos que, com seu bailado, circulam a corte real, protegendo-a. Esses são alguns dos elementos mais tradicionais, além destes existem outros que vêm sendo introduzidos mais recentemente, como é o caso da ala que representa os orixás e da ala ‘afro’ que dança passos marcados. Sendo assim, o cortejo de maracatu constitui-se em imponente espetáculo que envolve além de toda riqueza estética e simbólica, também uma intensa musicalidade através dos cânticos chamados de ‘toadas’ e da orquestra percussiva que executa diversos tipos de ‘baques’. O maracatu de baque virado é um universo extremamente rico em termos estéticos, rítmicos, históricos e comunitários. Envolve dança, música, canto, alegria, ritual, e principalmente um enorme envolvimento emocional-comunitário (por Aline Valentim).
Rola no Rio o "Comida de Buteco", concurso em que os frequentadores elegem o melhor petisco de botequim (autêntico) do Rio. Essas fotos são uma comemoração de anversário num desses botequins, o Gracioso, que fica na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio. Botequim mais autêntico, impossivel.
Fazendo careta....
Tenho meus amores dentro dessa minha cidade amada.
O Cordão do Boitatá e o Rio-Maracatu são dois amores especiais. Já falei deles algumas vezes por aqui. Ambos tem fortes laços com a cultura popular e referências em nossas festas tão brasileiras.
O Boitatá relaciona-se com o Carnaval, o Pastoril (uma recriação brasileira dos autos de Natal da peninsula Ibérica) e os Arraiás de meio de ano. O Rio-Maracatu liga-se com o Carnaval Pernambucano.
Sábado passado, à noite, estava na sede do Boitatá que fica num casarão da época do Império na Rua do Mercado, no centro da cidade, perto da Praça XV. O casarão se chama Mercado do Peixe numa alusão às suas ocupações de outrora. Forró de verdade dos mestres Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Patativa, e até adaptações super felizes de Chico aconteceram.
Bem no inicio dos trabalhos (tirei essa foto mais para que voces sintam o cenário)...
Aqui o forró já corria solto...
Ensanduichado, de recheio entre as duas partes do baile do Boitatá, o Rio-Maracatu sacudiu a rua do Mercado, vindo da Praça XV.
Reparem o baque virado na mão esquerda...
O maracatu é uma manifestação da cultura popular pernambucana que tem suas origens no século XVII. Neste momento foi criada a Instituição Mestra através da qual a Coroa Portuguesa "autorizava" os negros, escravos ou libertos, a elegerem seus reis e rainhas. A cerimônia de coroação acontecia no dia de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos em frente as Igrejas, sendo presidida por um pároco indicado pela coroa. O maracatu era então designado como Nação, isso porque a escolha dos reis era feita de acordo com as diferentes etnias africanas trazidas ao Brasil. Vale ressaltar que alguns pesquisadores identificam também outras manifestações populares como a Congada mineira e o Afoxé baiano como tendo sua origem relacionada á Instituição Mestra, também conhecida como Instituição do Rei do Congo. Apesar de todo o vínculo com a tradição católica, o maracatu sempre foi e ainda é uma manifestação essencialmente negra, mas, assim como outras manifestações afro-brasileiras acabou se sincretizando em alguns aspectos para manter-se viva. E é, exatamente neste estado, que encontramos os maracatus de Recife hoje: vivos. Existindo e resistindo enquanto expressão cultural ao mesmo tempo tradicional e dinâmica, num constante processo de transformação. Atualmente, o maracatu de nação ou de baque virado, como é conhecido em oposição ao maracatu de baque solto, é uma bela festa popular característica do carnaval pernambucano. Representação de uma corte real, ricamente paramentada com vestimentas ao estilo Luís XV, aonde se vêem muitos elementos de importante simbologia e singularidade visual como é o caso da calunga: boneca usualmente feita de cera e madeira que representa um importante ancestral da nação, sendo também associada á proteção espiritual. Esta boneca é carregada por uma importante figura da corte chamada ‘Dama-do-paço’.
Além dessas e do rei e rainha, existem ainda outros personagens importantes na corte como os príncipes e princesas, barões e baronesa, embaixador e embaixatriz... As catirinas, assim como os lanceiros, representam os vassalos que, com seu bailado, circulam a corte real, protegendo-a. Esses são alguns dos elementos mais tradicionais, além destes existem outros que vêm sendo introduzidos mais recentemente, como é o caso da ala que representa os orixás e da ala ‘afro’ que dança passos marcados. Sendo assim, o cortejo de maracatu constitui-se em imponente espetáculo que envolve além de toda riqueza estética e simbólica, também uma intensa musicalidade através dos cânticos chamados de ‘toadas’ e da orquestra percussiva que executa diversos tipos de ‘baques’. O maracatu de baque virado é um universo extremamente rico em termos estéticos, rítmicos, históricos e comunitários. Envolve dança, música, canto, alegria, ritual, e principalmente um enorme envolvimento emocional-comunitário (por Aline Valentim).
Rola no Rio o "Comida de Buteco", concurso em que os frequentadores elegem o melhor petisco de botequim (autêntico) do Rio. Essas fotos são uma comemoração de anversário num desses botequins, o Gracioso, que fica na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio. Botequim mais autêntico, impossivel.
Fazendo careta....
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