imperfeito

sábado, outubro 11, 2008

Delicias do meu Rio amado

Feirinha da Rua do Lavradio

Para quem não conhece o Rio, a rua do Lavradio fica na Lapa, no centro da cidade e pertence à primeira região ocupada pela Corte de Portugal ao chegar ao Rio de Janeiro. Em 1808 o Rio possuia apenas cerca de 60.000 habitantes, cerca de 46 ruas, 19 largos, seis becos e quatro travessas. A rua do Lavradio fazia parte desse contexto. Hoje a rua tem um consistente comércio de antiquários e alguns dos mais conhecidos bares e casas de shows do Rio. No primeiro sábado de cada mês acontece a Feira do Rio Antigo, que objetiva reviver a vida calma e gostosa do Rio de antigamente. Nessa Feira, as lojas ficam abertas por todo o dia e inúmeras barracas são montadas no asfalto e nas calçadas, onde artesãos e antiquários expõem e vendem seus produtos. É realmente delicioso passar o sábado na Feira, ver, comprar, admirar os objetos de arte que são expostos. Conversar, beber e comer calmamente. Claro que os locais ficam bem cheios, bem movimentados, mas tudo na maior paz.

Algumas fotos estão desfocadas e nem eu sei o por que.




Um autêntico botequim carioca.




Rua do Mercado

Depois, fomos para a Rua do Mercado, bem próxima ao ponto exato do desembarque da familia real portuguesa em 1808. Essa rua hoje mantém ainda os prédios antigos restaurados e alguns prédios bem modernos, como o da Bolsa do Rio. Também lá havia uma Feira, com rodas de samba na própria Rua do Mercado e na Rua do Ouvidor.









Domingo na Pracinha São Salvador em Laranjeiras

Domingo pela manhã até umas 2 da tarde rolou o delicioso chorinho e samba da Praça São Salvador. Os músicos são todos trabalhadores das mais diversas profissões e não tocam profissionalmente. Neste dia eram mais de 15, vários violões, cavaquinhos, flautas, pandeiros, bateria, sax, acordeon...





a caipirinha de frutas vermelhas, com cachaça mineira Lua Nova do Luizinho

O músico Tim Rescala, de camisa vermelha


o célebre Luizinho, que serve deliciosas caipis
Um baterista cego





6 Comments:

  • Nem parece esse Rio-de-lavras que mostram na tv!

    Bom ver a outra face da cidade maravilhosa!

    Beijos.

    By Blogger Paula Calixto, at 9:55 PM  

  • Grandes dicas, Luiz!! Vou incluir esses programas em minha próxima ida à Cidade Maravilhosa!
    Aquele abraço!

    By Blogger Bill Falcão, at 11:05 PM  

  • Luiz !
    O seu RIO é lindo sim...principalmente quando mostrado através de seus olhos.
    Linda semana.

    By Blogger Ale Danyluk, at 1:11 AM  

  • nham nham nham! gostei do salaminho e da caipirinha!
    agora olha só o contraste: vc tá no lugar que a familia real desambarcou e eu tou bem na vila de onde eles embarcaram, só olhar da varanda do meu ap e vejo o local.

    bjm

    By Blogger Aline Ribeiro, at 6:30 PM  

  • Entao, que o seu Rio continue deliciosamente amado!

    Bjos!!!

    By Anonymous Anônimo, at 5:23 PM  

  • Antonio Cícero, o mestre poeta, publicou esse post (que reproduzo porque já reli umas centenas de vezes, de tão lindo):

    "O mundo – o que quer que pensemos quando aterrorizados pela sua vastidão e pela nossa própria impotência, ou amargurados pela sua indiferença e pelo sofrimento individual de pessoas, animais e talvez até de plantas, pois o que garante que as plantas não sintam dor; o que quer que pensemos das extensões penetradas pelos raios de estrelas cercadas de planetas que tenhamos acabado de descobrir: de planetas já mortos? Ainda mortos? Simplesmente não sabemos; o que quer que pensemos desse teatro incomensurável para o qual temos bilhetes reservados, mas bilhetes cuja duração é ridiculamente curta, sendo cercada por duas datas arbitrárias; o que quer que pensemos deste mundo – ele é espantoso.

    Mas “espantoso” é um epíteto que oculta uma armadilha lógica. Afinal, ficamos espantados por coisas que desviam de alguma norma bem conhecida e universalmente aceita, de uma obviedade à qual nos acostumamos. Ora, o problema é que não há esse mundo óbvio. Nosso espanto existe por si e não se baseia na comparação com coisa nenhuma.

    É verdade que, na fala cotidiana, em que não paramos para pesar cada palavra, usamos frases como “o mundo cotidiano”, “a vida corriqueira”, “o curso normal das coisas”... Mas na língua da poesia, em que cada palavra é sopesada, nada é comum ou normal. Nem sequer uma pedra e nem sequer uma nuvem por cima. Nem sequer um dia e nem sequer uma noite depois. E sobretudo, nem sequer uma existência, seja de quem for, neste mundo."

    De: SZYMBORSKA, Wislawa. "The poet and the world". Nobel lecture.

    By Blogger Luiz, at 8:06 PM  

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